quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palavras...


Às vezes a vida nos surpreende com episódios interessantes. Conhecemos pessoas especiais. capazes de nos conduzir a universo lírico e humano revelado nas entrelinhas de uma vida que se narra. Nem todos são capazes de revelarem a alma através da escrita. Mas você escreve com ternura. Suas palavras deixam transparecer um homem que sofre, mas que não perde a esperança de ser melhor, ou fazer alguém se sentir melhor. Palavras podem salvar vidas. De quem as escreve, de quem as lê ou mesmo de quem falam. Escrever é mergulhar a alma num lago de alivio, é retirar das costas fardos pesados, deixar escorrer pelo bico da caneta ou entre a teclas do computador a dor, a angústia, o amor, a ternura. Mas sabe o que há de bom nas palavras? A capacidade que elas tem de nos deixar mais leves. De nos dar possibilidades mil de falarmos o que sentimos, e o que desejamos. Por isso uso as palavras para dizer que tudo pode acontecer, basta querer e lutar para isso. Muito obrigado!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bom dia!


O dia surge, entre incertezas e convicções. O sol nasce por detrás dos morros. O vento sopra, as águas e produz pequenas ondas. Muitas imagens surgem em minha mente. Como ter certeza, que tudo é real. Será apenas um sonho, um devaneio?. Tudo parece tão colorido, tão belo. As pessoas passam, com seus cheiros e podridões. O sol castiga os corpos. Nas alturas um pássaro faz a travessia. Alguns sorriem, outros choram. Uns nascem, outros morrem. Algo tão comum, mas ao mesmo tempo tão doloroso. Como aceitar, essa doce mania de viver e sofrer. Quando realmente, teremos um bom dia?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Meu amor impossivel


A vida nos deu caminhos diferentes,
Navegamos por rios opostos,
Somos unidos por um sentimento,
Uma amizade pura nos enlaça.

O que sinto por você?
Algo que talvez não se explique,
Apenas sinta.

Está com você, me traz calma,
Tranquilidade, segurança.
És um porto seguro, para este velho barco
que vaga perdido na imensidão do mar da vida.

Você no meu pensamento vai ficar,
A distância nos separa, mas estamos sempre juntos,
Vou lembrar, para sempre vou lembrar.
Você foi um sonho de amor que realizei.

Minhas lágrimas banham meu rosto,
A saudade já é grande,
Mas o encanto daquele momento,
Jamais será esquecido, apagado da memória.

O que sinto nunca acabará talvez adormeça,
Esperando o momento certo para despertar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

amores


Meus amores estão por ai
ao longo das estradas,
nas curvas dos caminhos,
nas incertezas da existência.

Oh! meus amores!
quanta distância nos une!
quantos pensamentos nos separam!

Longe de ti estou só,
estou sem você,
e faço companhia a mim mesmo
é muito triste suporta a minha presença
e sentir sua ausência.

os ventos do outono,
trazem a solidão,
a fiel companheira dos mau-amados.
Ela se junta comigo
e faz companhia a mim mesmo

E assim não estou mais só,
estou só sem ter você!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

cansado de viver


a vida parece pesar a cada dai que passa.

carregamos o peso do viver.

nos encurvamos com preocupações e problemas.


as vezes dá vontade de largar tudo, viver para que?

para viver com a dor constante?

até quando resistir?


não seria melhor desistir e ter sossego?

mas cuidado pode ser um caminho sem volta.


terça-feira, 2 de março de 2010

A feiúra nossa de cada dia


Somos feios...
Carregamos a feiúra no corpo, na alma

Em alguns ela está nos cabelos,
Em outros no nariz mau feito.


Há quem a tenha na boca,
Nas pernas tortas, nos dentes pra fora...

Esses são os feios
Mas existem os horrorosos.


Estes são terríveis
podem ter a cara de um anjo
mas no peito tem um coração de dragão


A alma é cheia de rugas da falsidade,
O orgulho sai da boca,
As mão são deformadas pela desonestidade,
pela violência, pela prepotência.


Do que importa se ter boas feições?
E carregar no peito um mau coração?


Talvez minha feiúra seja apenas o cabelo,
ou o nariz, ou quem sabe a boca.
Mas o que ninguém sabe e nem conhece,
é o que trago dentro de mim.
Isto sim pode espantar as pessoas.


Guarde a feiura de sua alma o máximo que puder.
Se precisar usá-la, faça bom aproveito.
Mas me avise não quero estar por perto.
Pois o que é feio por fora pode ofender os olhos,
mas o que é feio por dentro pode machucar o coração.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um sonho


Quem nos garante que somos reais?
Talvez sejamos apenas o sonho de alguém.
Alguém que dorme traquilamente,
mas que se atribula quando transformamos
o sonho em pesadelo.


Que tal aproveitar a vida
enquanto este alguém dorme?


É melhor aproveitar antes que ele acorde!
Ai será nosso fim.
Então não durma agora,
Acorde e permita que o sonho aconteça.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tempo mestre


O tempo passa...
A vida permanece.



Que o passado não seja esquecido,
que seja sempre lembrado.



Que o presente não seja desperdiçado,
mas que possa ser vivido intensamente.



Que o futuro não seja simplesmente imaginado,
mas que seja construído.



O tempo é como um rio,
leva consigo todos os dejetos,
Ele é o único capaz de...
lavar o corpo,
aliviar as dores,
purificar a alma,
sarar feridas,
encontrar novos amores.


Ah o tempo!
Grande mestre de nossas vidas,



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Saia de cena


somos fingidores,

deturpadores da vida!


enquanto o sorriso floresce na face,

os espinhos perfuram a alma.


lutamos injustamente com nós mesmos,

quanta ingratidão!


nos renegamos para agradar outrem.


somos bobos,

é preferível chorar com verdades ditas,

do que sorrir com mentiras que acobertam.


até quando usaremos máscaras?


seja capaz de enfrentar a si mesmo,

vá, saia de cena
e deixe a vida acontecer

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Momentos


Momentos!

Eis de que se faz a vida.

Momentos de alegria, outros de tristeza.

Há dias de festas e dias de velórios.

Uns nascem outros morrem,

E assim a vida acontece pelo acumulo de momentos.

Que bom nada é eterno!

Tudo passa.

os amores se vão,

as paixões se acabam,

as alegrias se findam,

as agonias terminam,

a raiva cresce e depois desaparece.


as lágrimas nascem.

os sorissos se abrem,

o coração se aperta,

a alma se machuca.


a vida permanece,

as coisas acontecem,

o mundo adoece,

as pessoas envelhecem e se vão.


viva os momentos

e construa a vida.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Inúlltil poesia


Que paisagem bela! O sol enfraquecido parece despedir-se. Em chamas incandescentes, nos deixa por mais uma noite, vindo nos encontrar com o despontar da aurora.
As nuvens, como todo o horizonte, parecem pegar fogo. Os últimos raios do astro rei parecem contagiar a todos com suas cores quentes. Ao longe altos morros se levantam, mostrando mais uma vez a onipotência do criador. Uma vegetação escassa de folhas, demonstra a força do sertanejo, sempre vivo em meio à secura da terra. Um pássaro voa livre. O vento traz uma sensação de solidão. Alguém esta sobre uma pedra, na tentativa inútil de descrever este espetáculo divino. O sol se foi e eu também.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Mãos


Tenho mãos,
Que acolhem e expulsam,
Que acariciam e maltratam,
Que aplaudem e apedrejam.
Que abençoam e amaldiçoam.

Minhas mãos,
Mãos ambíguas,
Bem e mal.
Prazer e dor.
Pureza e pecado.
Esquerda e direita.
O certo e o errado.
Salvação e condenação.

Mãos: expressão maior,
Da dualidade existente,
Na essência do homem.

Dois extremos,
Duas opções,
Dois caminhos,
Uma escolha,
Várias conseqüências.

Pare,
Pense,
Escolha,
Aceite:
A dor ou a alegria,
A flor ou o espinho,
O amor ou o ódio.

A escolha é sua,
As consequencias, também.
Viva a escolher,
Escolha a viver..

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vontades


As vezes queria ser livre!

Livre como o vento.

Livre pra fazer o que quiser.

Levantar roupas e cabelos,

Refrescar o calor,

Arrepiar a pele,

Me aquece nas labaredas do fogo,

Brincar com as nuvens, fazer delas o que quiser,

Produzir ondas e maretas,

Conduzir veleiros,

Passar entre galhos,

Levar perfumes e podridões,

Soprar balões e levantar poeira,

Trazer e levar a chuva.


Mas na vida sou apenas eu,

Preso, inerte, estático.


Muitas são as minhas vontades,

poucas as possibilidades.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Choro...


Alívio da alma que sofre,
Que se apaixona,
Que se ente amada,
Que perde um amigo,
Que se emociona!

Chorar...
Grande tesouro dos homens,
Dom que falta aos insensíveis,
A fala do ser interno,
Bálsamo para as dores.
Chore e alivie sua alma.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AS DUAS FACES DO EU



Um eu de duas faces!
Este é meu eu:
Um eu composto de outro eu.

Dou risada,
Enquanto por dentro choro!

Fico calado,
Resmungando palavras estomacais.


Falo sim!
Preferiria dizer não.

Penso, não ajo
Ajo, e não penso.

E na loucura de viver,
Sou um, querendo ser outro.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Teu perfume


A vida cheira,
Perfumes exalam,
Trazendo lembranças,
Recordações, cenas vividas.

O cheiro do passado,
Que está nos velhos livros.
O cheiro da felicidade,
Que parece chocolate.
O cheiro da amizade,
Que vem do sorvete.
O cheiro da saudade,
Que sai da terra molhada.

Cheiros...
Os amores passam,
Restam seus perfumes.
Perfumes presentes,
Amores passados.
As lembranças são eternas,
Enquanto durarem, os cheiros.
O cheiro do primeiro encontro,
Aquele perfume especial,
Usado só para você.
O cheiro da pele,
Macia, sedosa.
O cheiro dos beijos,
Molhados, demorados,
Insaciáveis.

O amor parece que entrou em meu coração,
E lá no fundo guardou seu cheiro,
Para nunca mais ser esquecido.

Cada vez que sinto seu perfume,
Me vem a mente as lembranças do nosso amor,
Dos nossos encontros,
Dos momentos felizes e tristes,
Do começo e do fim,
Do durante e do depois.
O seu amor se foi...
Mas seu perfume permaneceu,
Seu amor é passado,E seu perfume é presente.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Descobertas


Descobrir que as paixões repentinas passam. Restam as dores e o sofrimento.
Descobrir que a vida é uma dor constante cujos momentos de alívio são aqueles em que estamos em comunhão com deus ou em companhia de bons amigos.
Descobrir que decepção é sentir que alguém que a pouco te amava, atinge tua face com as mãos do esquecimento, e do abandono.
Descobrir que vivemos para morrer. Que morremos para ser esquecidos.
Descobrir que viajar é lançar-se no desconhecido, para conhecer outras realidades.
Descobrir que escrever é tirar uma flecha que corroe a alma, um peso que maltrata a consciência, um espinho que perfura o coração. Escrever é refugiar-se das dores da existência.