Coisas proibidas

Como estou estranho. O que está acontecendo comigo? As coisas proibidas me perseguem. Como fugir delas? Ou não devo fugir? Talvez seja melhor ir pra cima, só assim mato a curiosidade. E se eu for culpado pela infelicidade de alguém? O telefone insiste em tocar. Eu não vou atender, não sei até quando resistir... Queria está perto, mas só consigo me afastar. Já fiz isso antes talvez deva repetir a dose. Muitas doses repetidas podem nos embriagar ou até mesmo nos viciar. Não quero me viciar, quero apenas experimentar de vez em quando... 

Trauma

Ontem fiquei refletindo, sobre um antigo trauma meu: meus cabelos. Não é de agora que sofro com as madeixas. Quando pequeno tinha um cabelo liso, escorrido; coisa linda aquele cabelo solto embalado pelo vento. Nunca gostei de cortá-lo. Primeiro porque meu pai me levava sempre na casa de meu avó, que além de fazer belíssimas colheres de pau, cortava os cabelos dos netos. E lá onde meu avó morava, em povoado aqui perto, tinha um bando de parente que eu não gostava. Achava eles muito tontos. Um povo totalmente implicante, um tio cheio de ousadia, uns primos bobos. Era sempre uma tortura: "Vamos cortar o cabelo hoje?" Eu ia contra minha vontade, mas ia. Com o passar do tempo, não sei se mãe percebeu meu sofrimento, resolveu me levar em um novo cabeleireiro. Que foi aquilo meu Deus? Aquele corte mudaria minha vida pra sempre. Meu finos fios, engrossaram depois desse corte. O cabelo que tenho hoje nem sempre foi meu. Aos poucos tento me acostumar. Não é nada fácil! quando deixo crescer ouço piadas, quando corto tem sempre os idiotas que perguntam: cortou o cabelo? O que responder pra esse povo? É melhor respirar fundo e silenciar-se. Aos poucos percebo que meu cabelo incomoda as pessoas. Não quero agradar ninguém. Quando quero deixar o cabelo crescer eu deixo, quando quero cortar corto. Esse último corte foi uma fuga. Eu poderia ter cortado outras partes do corpo como os pulsos ou até mesmo o pescoço, mas preferir cortar o cabelo. além de não doer ele crescerá de novo. E assim vou vivendo esse trauma, cortar ou não cortar? Depende da minha vontade... 

No dia que meu riso não tiver mais graça, terei amadurecido o suficiente para acreditar que a vida não foi feita pra ser jogada fora...

A procura do que fazer

Preciso procurar alguma coisa pra fazer. O que faço ainda está pouco. Você acredita que consigo chegar nos horários marcados? Sou pontual, eis um problema. Por que? Muito simples quando você é pontual, além de se chatear pelo fato dos outros não terem chegado, você ainda quer brigar com eles. Pensando nisso hoje achei uma solução, talvez seja necessário arrumar mais coisas pra fazer, pra justificar nossos atrasos. O trabalho tá pouco! 

Tristeza

Do nada veio uma tristeza tão profunda que os olhos quase desaguaram. A felicidade incompleta ainda me torna vitima. A dor de uma falta que não pode ser preenchida por alguém especial continua latejante. Ainda encontro refúgio, mas quando estou sozinho ela vem tão forte que fico quase imóvel  Anestesiado começo a ouvir músicas que me deixam ainda pior. Cultivar ou alimentar dores nos dar certo prazer. Afinal se nada doesse, talvez não dessemos o devido valor a certos momentos... Amanhã, quem sabe, estarei melhor ou pior. A vida continua no seu mesmo ritmo: acordar, trabalhar, descansar, trabalhar, prazer... Queria poder ter você comigo, mas quem é você? nem sei ao certo. Sei que é alguém especial que com certeza me preencheria e curaria dessa dor constante.

Lembranças...

Acordar cedo e se deparar com aquela criatura em sua frente é um retorno a um passado não muito distante... É incrível como a nossa mente se transformar em questão de segundos. Rapidamente voltei aquele dia de nosso primeiro encontro. Que delícia heim? Você se lembra? Acredito que sim, foi realmente marcante. Apesar do medo, da insegurança, o desejo foi maior. A vontade de está juntos foi mágica. Te rever hoje depois de alguns messes realmente me levou de volta àquele dia. Não nos vemos há bastante tempo, mas te rever hoje deu uma vontade louca de fazer tudo de novo...

Desafios

A vida começa exigir decisões urgentes. Novos desafios vão surgindo e junto com eles o medo. O medo de errar, o medo de fracassar, o medo de não conseguir... Estou um pouco aflito! Não sei o que fazer, dizer sim ou deixar pra lá? Que dúvida cruel. Eu já tenho a resposta, estou com medo de externá-la. Sempre fui fraco pra encarar o julgamento das pessoas. Os olhares de condenação, de reprovação me aprisionam em um mundo cruel e doloroso. Quero fugir, não quero responder certas coisas. Mais uma vez preciso soltar os freios da língua. Quantas verdades a serem ditas àqueles que se julgam donos da verdade. A vida é assim: nos deixa presos em nós mesmos... 

Novos Rumos

Como é bom saber que podemos contar com muitos companheiros no direcionamento de uma missão. Nunca andei sozinho, eles sempre estavam ali: as vezes combinando em uma reunião, ou numa ligação por telefone ou nos encontros incertos pelas ruas.A missa, pelo menos nessa instancia chegou ao fim. É preciso buscar novos rumos, novos desafios. Termino minha jornada de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido. E deixo uma mensagem simples para todos: Desafios nos fazem crescer, por isso encare todos.

Esconderijo

Ir pra longe, me esconder em um lugar misterioso e que fosse bem difícil de ser encontrado: eis a minha vontade. Encontrar esconderijos sempre foi meu forte. Já tentei me esconder nos braços de alguém; sempre escondi minhas dores por trás de um sorriso; já escondi amores com vestes de amizades; adoro me esconder em personagens, esses são meus melhores esconderijos. Deixo de ser eu assumo outra identidade. Eles são sempre surpreendentes. Por meio deles jogo pra fora tudo aquilo que angustia, que me sufoca. Mas o bom mesmo era algo mais concreto sabe? Uma grande caixa de cores misteriosas, uma caverna escura, uma buraco... o porão de uma igreja. Só assim poderia deixar essa realidade que me aprisiona e me diz o que devo fazer. Enquanto outros esconderijos não chegam, busco refugio em simplesmente ouvir uma doce voz todas as noites, fico tranquilo e durmo como criança... 

Tempo dono de todas as coisas?

Tudo acontece no seu tempo, com uma intensidade diferente daquela que esperamos. Algumas coisas nos surpreendem outras nos desapontam. Mas tudo só acontece como deveria de fato acontecer. Não somos donos das coisas, somos meros operadores. Muitos não dominam nem mesmo seu próprio ser, veja lá tomar as rédeas da vida; essa fera indomada, nos dar tantas quedas; nos leva pra cada buraco ou somos nós que vamos sozinhos?. Hum sei lá viu... essas coisas existenciais são tão complexas, que talvez seja melhor não entende-las.Viver e pronto era o que todos deveríamos fazer. Mas afinal o que é mesmo viver? Ah... isso é outra história.

Dor

Uma estranha dor me invade! Não sei explicar. Meu peito fica apertado, o coração dispara... Algo me corrói. Talvez seja aquela velha falta de bem querer; de um amor quente e sedutor. as incertezas povoam minha mente. O medo de magoar, de sofrer de novo me paralisa. Mas vou vivendo com minhas dores indescritíveis. Um dia elas serão saradas. Onde está o remédio? Talvez em seus lábios, no calor de sua boca, na pegada do seu corpo... Você é minha cura, estou a te esperar...

Pernas quebradas...

O sábio diretor de Teatro, Gibran Mistral, diz que "O teatro sobrevive de aplausos e de algumas pedradas de vez em quando pra acertar o passo, mas as vezes querem mesmo é quebrar nossas pernas". Ter as pernas quebradas de vez em quando é bom. Pois assim recolhemos nosso passo, nos resguardamos e buscamos aos poucos a recuperação.Ter as pernas quebradas não é o fim. Elas ainda não foram amputadas. Ainda podem ser coladas e voltarão a andar. O nosso passo nunca mais será o mesmo, mas tenham certeza valeu o esforço de voltar a caminhar. Novos passos são necessários, e muitas vezes eles só serão possíveis quando nossas pernas forem quebradas. 

Assim está o Ministério de Teatro: de pernas quebradas, resguardado,  recuperando o passo e outros passos sendo dados mesmo que de muleta. Estamos felizes com a aprovação de  nosso projeto graças a Deus. Aos poucos vamos amadurecendo. A arte que fazemos brota do coração. Não temos formação especifica mas talento temos concerteza. Não somos perfeitos, cometemos muitos erros. Reconhecer os próprios erros, não é ruim. É apenas o caminho para não mais fazer "porcarias". Apontar apenas os erros dos outros é muito comodo quando fechamos os olhos diante dos nossos.

Pra finalizar trago as palavras de Fernando Lapolli: "Tem dias que o sol brilha tanto que não conseguimos enxergar um palmo a nossa frente. Tem dias que chove tanto que não conseguimos caminhar na rua. Outros dias está tão frio que nem uma lareira consegue nos aquecer. Ainda hoje existe dias que fazemos o melhor de nós e não conseguimos ser vistos."

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Retorno...

Voltar é sempre necessário! Rever alguns passos, redefinir decisões, pensar melhor. Ultimamente estou com a cabeça a mil por hora. Nada que faço me satisfaz. Estou voltando a fazer as pazes com a Literatura. tenho necessidade de ler e de escrever. Escrever não pelo simples fato de está mau, pra baixo, angustiado ou com vontade de morrer. Escrevo agora por esses e por outros motivos também. Necessito compartilhar o que sinto. Mostrar ao mundo o que sinto, o que desejo. Não será uma tarefa fácil. Mas praticar é preciso. Escrever é ótimo, sinto-me mais leve. Ontem a noite foi fantástica. Naquele ambiente pouco iluminado, num clima harmonioso tivemos nosso encontro. Voltei a passado não muito distante. Estava completamente à vontade. Compartilhar com outros jovens a presença de Cristo em nossas vidas foi fantástico, Ele nos ensina a metodologia do amor; amar ao próximo como a si mesmo, sem exclui ninguém. Cristo acolhe todos. Obrigado Senhor por um momento tão Maravilhoso.

Talvez eu volte a esse espaço com mais frequência. Pois expor o que sinto me faz sentir melhor...