segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Felicidade...


Uma anestesia sentimental tomou conta de meu ser! Não sei mais o que sinto. Estou alheio às paixões; os amores não me maltratam mais. As feridas foram curadas. A vontade que tenho agora é de me entregar a aventuras. Me soltar por esse mar de emoções; encontrar com a felicidade sentada em uma pedra perdida no meio do nada. Ela estrará lá sim! Sempre bela com largos sorrisos a distribuir-se a uns e outros. Como encontrá-la? Basta viver e ser gente. E jamais deixar de acreditar que cedo ou tarde vocês irão se encontrar. A velha pedra cheia de musgos, envolta em uma nevoa espessa; um doce cheiro de rosas no ar; uma frondosa árvore a fazer sombra à beira de um lago cristalino. E ela lá a tua espera. Busque-a e a encontrará. Se cansar-se pare um pouco e deixe que ela te encontre. A felicidade existe para todos; cada um a sua maneira. Ser feliz é uma condição vital. Ser feliz por completo? uma questão de sorte. Mas ter pelo menos um pouquinho de felicidade já é uma dádiva.  

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quem és tu?

Compreender a morfologia dos homens não é tarefa fácil. Identificar as partes que compõem o ser o humano, compreender seus processos formadores, suas derivações e composições.Essas e outras tarefas devem ter ficado a cargo dos poetas, filósofos e  grandes sábios. Nós meros mortais devemos aprender a conviver com a incerteza do conhecimento alheio. O que se passa na cabeça de cada um? O que habita os corações? O que essas mãos que te cumprimentam, já fizeram na vida? E essa boca que te beija? Por onde já andou? São perguntas estúpidas, pois se fossemos viver a pensar em coisas tão banais, deixaríamos de viver o essencial da vida. Não me importo por onde sua boca já andou meu bem, o que me agrada é que ela hoje adoça os meus lábios sedentos. O que fizestes com suas mãos? Pouco importa. São elas que no frio da madrugada me acariciam, me aquecem, me tocam e me enlouquecem com um prazer que incendeia minha alma e faz meu corpo se fundir ao seu, num delírio louco. Vem meu anjo sem asas, me levar para outras terras. Mundos inabitáveis, conhecidos apenas por nós. A noite chega e sinto sua falta. Queria agora está bem pertinho de você e aos poucos me entregar ao desconhecido. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tudo pode ser pior!

Que dia esse meu viu! Passar a manhã nas casas dos outros dando na veneno em todo canto. Perdendo as forças pra bombar o liquido pra subir na mangueira; receber veneno na cara e depois ficar o resto do dia com a "cara" ardendo como se estivesse em chamas. Pensei: "Não reclame, poderia ser pior". E realmente e foi. Chego em casa super cansado e (já cheio das piadas sem graças e pornográficas de um velho, que só tem feiura e ousadia) ainda tenho que ouvir mais uma vez o palavreado recheado de ofensas e palavrões de minha mãe. Não resisti por muito tempo e cheio de raiva derramei uma bomba cheia de veneno que iria usar aqui em casa. Respirei fundo pra não brigar mais e pensei mais uma vez: calma poderia ser pior! E pra minha surpresa foi! Estou super chateado e nessa altura meu figado já deve tá pretim. Já passou tantas coisas em minha cabeça que nem sei viu. Poderia jogar tudo pro alto e esquecer o sonho do teatro. Estou assim pois hoje notei que nem todos estão realmente empenhados para a compra do terreno do MT. Fizeram um cabaré pra fazer coisas tão simples que nem sei se vou mais ajudar nessa barraca viu. Acho que preciso viver um pouco menos apegado ao teatro. Sempre espero que todos sejam como eu, mas sei que isso é difícil. Preciso mesmo é relaxar e gozar. Encontrar um amor e ser feliz ou não. Sei lá viu. Talvez seja melhor e vivendo e sempre acreditar que tudo poderia ser pior

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mãe...



Ontem voltei ao passado. Aos tempos em que dormia na cama de mãe. Estava cansado e um pouco estressado. Precisava de um aconchego,  Sai de meus aposentos, e fui pro quarto ao lado. Pude dormir naquela cama que em tempos distantes era o meu refúgio nas noites em que tinha medo. "Mãe, ei mãe estou com medo. Deixa eu dormir ai". Ela resistia um pouco,mas sempre cedia. Era incrível, o medo logo se acabava. Não sei ao certo do que era, mas bastava entrar naquele quarto que ele ia-se embora. Os medos se tornavam estereis na proximidade materna. O aconchego maternal me tranquilizava. O sono chegava, e ficava ali toda a noite. Hoje já adulto, aquele quarto me transmite uma segurança tão grande. Parece que volto a ser criança nos braços de mãe. Ali durmo sossegado, sem pressa. A noite se torna mansa, sem temores, sem pesadelos, sem perseguições. Naqueles tecidos, travesseiros, cobertores está impregnado, a presença de mãe: a mulher guerreira que me deu a vida e nunca desistiu de mim. Obrigado mãe por ser meu aconchego nas noites de medo, a força nos momentos de fraqueza, o encorajamento de seguir em frente...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Companhia da noite

Fazia um bom tempo que você não vinha passar a noite comigo. Eu estava sozinho em casa quando você chegou. Entrou sem pedir licença e já foi logo me arrastando para o quarto. E como sempre com você aqui passo a noite em claro; você não deixa eu dormir por um instante. Não fico quieto, mudo de posição o tempo todo. Quando o dia amanhece, meu corpo está quebrado. Estou cansado e passo o resto do dia lembrando de nossa noite. Muito sonolento fico bocejando. Ai me irrito contigo. Espero que você não volte por um tempo. Na verdade não gosto de você. Queria que não vinhesse nunca mais passar a noite comigo. Quando você chega não sei o que acontece, não consigo que você vá embora. Por tanto me deixe em Paz e deixei eu dormir em paz maldita insônia!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O fogo do amor

As vezes buscamos coisas impossíveis. Amores eternos até existem, mas não são pra todo mundo. É preciso ser agraciado com esse presente divino. Mas enquanto não se encontra algo eterno, vá se conformando com as coisas passageiras. Você não será feliz para sempre, mas será pelo menos por um momento. O amor visto como um fogo que arde sem se ver como diz Camões, pode se apagar rapidamente ou se transformar numa imensa fogueira. E para manter esse fogo acesso é preciso de muita lenha. Não conseguir manter os meus amores acessos por muito tempo, pois conseguir apenas gravetos. Estes coitados produziam apenas pequenas chamas numa noite fria. Logo se apagavam. Não restavam nem brasas, veja lá fogo. Outras vezes me arriscava mais e colocava um pouco de álcool. Naquele momento o fogo era intenso, alto, extremamente quente, mas quando o combustível exalava o fogo também partia. E aquilo que eu julgava ser um novo amor, o acompanhava. Restava apenas as marcas das chamas. As cicatrizes ainda hoje ardem, chegam até mesmo a sagrar. O que me alivia é saber que as dores não são eternas. Elas também cessam e como o amor também vão embora. E dão lugar a novas dores que viram acompanhadas por um novo amor.