quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O fogo do amor

As vezes buscamos coisas impossíveis. Amores eternos até existem, mas não são pra todo mundo. É preciso ser agraciado com esse presente divino. Mas enquanto não se encontra algo eterno, vá se conformando com as coisas passageiras. Você não será feliz para sempre, mas será pelo menos por um momento. O amor visto como um fogo que arde sem se ver como diz Camões, pode se apagar rapidamente ou se transformar numa imensa fogueira. E para manter esse fogo acesso é preciso de muita lenha. Não conseguir manter os meus amores acessos por muito tempo, pois conseguir apenas gravetos. Estes coitados produziam apenas pequenas chamas numa noite fria. Logo se apagavam. Não restavam nem brasas, veja lá fogo. Outras vezes me arriscava mais e colocava um pouco de álcool. Naquele momento o fogo era intenso, alto, extremamente quente, mas quando o combustível exalava o fogo também partia. E aquilo que eu julgava ser um novo amor, o acompanhava. Restava apenas as marcas das chamas. As cicatrizes ainda hoje ardem, chegam até mesmo a sagrar. O que me alivia é saber que as dores não são eternas. Elas também cessam e como o amor também vão embora. E dão lugar a novas dores que viram acompanhadas por um novo amor.

Nenhum comentário: