quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A EXISTÊNCIA


Vivemos para a morte,
Tudo passa, nada é eterno.
O peso dos anos, curvam teu corpo
Embranquece seus cabelos.
O tempo não tem piedade,
Nos faz amolecer,
O corpo fica flácido,
Músculos descasam uns sobre os outros,
As rugas parecem a terra ressequida,
Que se racha com as chamas ardentes.
O tempo parece nos comer, nos consumir.
A inocência da infância ficou para trás,
Nos tornamos impuros,
O mundo nos corrompeu
Ou será nós que corrompemos o mundo?

A força da juventude se foi,
Os desejos da mocidade já não são os mesmos.
O tempo se esvai, nos aproximamos do fim.

Eis a vida:
Passamos pela fragilidade do berço,
Pela descoberta do mundo,
Pelo tumulto da responsabilidade,
Pelas lembranças e experiências acumuladas,
Para chegarmos tranqüilos e cansados,
Ao sono eterno, para deitarmos em cama escura e fria,
Que nos consumirá, transformando-nos em pó.

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