sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mendigo de olhares







Vivo a mendigar olhares.
Olhares daqueles que amo,
Daqueles que admiro,
Meus olhos são como mãos que se estendem,
Em busca de esmolas.

Parecem ignorar-me,
Não percebem os olhos estendidos,
O olhar tristonho que busca o brilho de outros olhos.
Alguns buscam meu olhar,
Não consigo encará-los,
O brilho radiante de seus olhos,
Desviam meu triste olhar.

Como saciar-me, se meus olhos fogem!
O medo de ser correspondido,
Afugenta-me, me afasta,
Poda-me, me entristece.
Parece prender-me em uma bolha de tortura.
Procuro fugir e livrar-me dela,
Mas parece ser impossível.
Sou prisioneiro de meus pensamentos,
De meus desejos insaciáveis,
Das tristes lembranças, de uma vida passada,
Das recordações lamentáveis, de um tempo tumultuado.

Quero encontrar olhos,
Olhos que brilham,
Olhos que me acolham,
Que me aceitem.
Olhos amorosos,
Olhos que falam,
Que respeitam.
Olhos que me levem para longe,
Além da curva do tempo,
Além da encruzilhada da paixão,
Dos amores perdidos,
Dos sonhos esquecidos,
Das esperanças acabadas.

Um lugar, onde olhos se comunicam,
Onde olhares se cruzam.
Um lugar onde tudo pode ser olhado,
Apesar de não ser visível.

2 comentários:

Unknown disse...

Nossa parabéns heinnnn!Ameiiiii!

Anônimo disse...

Talvez vc não precise Mendigar olhares porque não busca os meus olhos? Tenho um avonatde de matar sua carencia de olhares e tudo mais que vc sentir falta.