sábado, 25 de fevereiro de 2012

Estranho menino


O passado se apresenta como estranho e solitário. Na estrada da vida existia uma curva. E está curva o impedia de seguir. Vivia perdido nos caminhos da timidez. Triste e só, habitava os corredores. A solidão era a sua eterna companheira. As pessoas lhe causavam medo, tinha repulsa de gente. Zombavam dele. Aqueles risos eram aterrorizantes. Apelidos maldosos, pareciam espinhos que lhe perfuravam a alma. Sua infância não foi  tão tranquila. Feito adulto antes do tempo, perdeu a inocência infantil. Tudo lhe parecia muito doloroso. Para quer continuar vivendo com tantas dores? A morte poderia lhe trazer o alivio eterno. Mas era preciso continuar a perambular sozinho. Até que um o  menino triste e só ergueu a cabeça, encontrou amigos e parece que é feliz. A madorna insensata e melancólica foi interrompida pelo brilho dos palcos. O riso rompeu as barreiras e quebrou a tristeza solidificada entre os lábios. As lágrimas recolhidas ainda estão guardadas; quando irão rolar? Não há tempo certo para isso. As cicatrizes ainda latejam, mas não sangram mais. A vida continua, as mudanças acontecem, afinal ninguém consegue ficar eternamente mergulhado sem se afogar. Viver é muito bom! quando não se está morto.

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